Durante o tratamento à orelha do Barney, que não parava quieto, o meu filho sai-se com:
- Calma Barney, não estejas vernoso.
- Não estejas o quê? – Perguntámos-lhe eu e o pai ao mesmo tempo.
- Nervoso, era nervoso.
O Barney esteve doente e acho que não ficou bem curado. Então o homem resolveu ir com ele a outro veterinário ouvir uma segunda opinião.
Esta veterinária disse que a medicação que tínhamos dado era a correcta e receitou mais uma dose de antibiótico, mas nem sequer limpou a orelha do bicho como o outro veterinário havia feito. Diz o homem que, mesmo o Barney estando com o açaime, ela parecia ter medo.
Agora aparenta estar melhor. O antibiótico já acabou mas continuo todo o santo dia a limpar-lhe a orelha e a colocar uma pomada. Resta-nos esperar que fique bom.
E se há cão simpático, este é um deles (pelo menos com os donos). Sempre a chamar-nos e pronto a dar a mão. As fotos comprovam.
O Barney está naquela fase chata de lhe cair imenso pêlo. Como eu costumo dizer, chegou o calor e está a despir a camisola interior.
O homem reparou que o Barney andava a abanar muito a cabeça, mas só passado uns dias é que comentou comigo (típico do homem cá de casa, não se lembrar de falar coisas importantes). Eu admito que ainda não tinha reparado, mas a partir daí comecei a ter mais atenção e também achei estranho.
No sábado passado liguei à veterinária que me informou provavelmente tratar-se de uma otite e que convinha curar o quanto antes.
Liguei ao homem, que tinha ido trabalhar e não sabia a que horas chegaria. Por sorte já estava de saída.
Assim que chegou a casa, mudei de roupa e demos banho ao Barney. Pusemos-lhe o açaime e foi uma grande aventura enfiá-lo no carro. Relembro que o Barney é um Mastim Espanhol, pesa qualquer coisa como 60Kg’s e não está habituado a andar de carro. Bom, mas continuando, o homem seguiu no carro comercial com o Barney e eu e o meu filho seguimos no outro carro.
Chegados à veterinária tivemos de aguardar pois havia um gato a ser castrado (coitado do bicho) e um cão para tosquiar (coitado também, vai passar frio).
O pavimento do consultório, por uma questão de higiene, é em mosaico e o Barney, nervosíssimo e a querer fugir, só escorregava. Bom, mas consegui acalmá-lo com muitas festas e o veterinário (marido da veterinária) começou a nojenta tarefa de lhe limpar o ouvido. Confirmou tratar-se de uma otite. Resultado, antibiótico de 12 em 12 horas e um spray para lhe colocarmos no ouvido 1 vez por dia. Ahhhhh e não menos importante, menos 56,00€ na carteira.
O Barney hoje parece-me bem melhor, pelo menos já não o vi sacudir a cabeça.
Aqui fica uma foto actualizada do meu filho e o nosso fiel companheiro:
Isto de termos um cão de grande porte tem vantagens, mas as desvantagens têm sido mais que muitas.
O Barney fica solto dia e noite e como é óbvio os brinquedos dele não lhe interessam muito, prefere andar a fazer estrados. Ele é vasos que não podem ter flores novas, ele é canteiros com a terra espalhada, ele é tapetes roídos, ele é sei lá mais o quê…
No mês passado resolvi arranjar os vasos. Comprei umas plantas novas e um repelente para cães e gatos que me aconselharam. Resultado o Barney gostou do repelente. Durante a noite entornava os vasos e espalhava a terra e durante o dia o homem limpava e voltava a arranjar. Foi isto durante 4 dias (eu já me ria da situação), até que:
- Esta noite o Barney já não espalhou terra nenhuma dos vasos. – Disse-me o homem.
- Não me digas, a sério? – Perguntei-lhe surpreendida.
- A sério. Eu não os voltei a arranjar e está tudo arrumado na garagem.
Desde essa altura que o Barney andava muito sossegado. Até que, certa manhã desta semana, ia eu a sair de casa e deparo-me com isto:
Com um osso*, andou às pancadas a uma parede cá de casa.
Barney, Barney, agora que já tens 1 ano e 4 meses bem que podias sossegar com as merdas das brincadeiras.
*O meu sogro, como tem um talho, arranja ossos grandes que fazem bem à dentição do cão. Fazem bem à dentição, mas muito mal às paredes. O homem acha que temos de pintá-la.
Durante esta semana, o Barney andou armado em rato roedor. Tentou roer os fios que ligam o portão de entrada ao motor e antes disso já tinha arrancado as calhas que os tapavam. O homem cá de casa arranjou.
Ontem, para piorar, resolveu arrancar outras calhas e roer outros fios do portão, resultado ficámos sem luz de alerta quando o portão está em movimento. O homem cá de casa ficou furioso.
Agora não temos materiais mais resistentes para arranjar os estragos. O homem cá te casa teve de ir ao AKI.
Antes de sair, pedi para me trazer a árvore de Natal da arrecadação, para eu e o nosso filho a decorarmos. O homem cá de casa trouxe.
Conclusão: é difícil ser "O homem cá de casa".
coisas que vinham mesmo a calhar